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segunda-feira, 20 de maio de 2013

O outro lado da Virada Cultural

Esse ano fui - ou tentei ir - apenas no show da Gal no palco Julio Prestes as 21h do sábado. Tentamos ver o palco de frente, mas não rolou, estava muito cheio. Nos afastamos um pouco da multidão e nos contentamos em apenas ouvir o show da Gal.

Nosso carro estava perto do metrô Anhangabaú, então resolvemos ir a pé da Luz até o Anhangabaú. Uma caminhada de uns 20 minutos que foi assustadora. Nas primeiras viradas em que fui, não sentia medo de andar pelo centro, encontrava uma meia dúzia de adolescentes bêbados e tudo bem. Agora não, o pessoal é bandido bandidão mesmo. Daqueles mal encarados que vc bate o olho e sente uma energia pesada.

Sobrou até pro Suplicy........
Mesmo com todo o policiamento na rua, não há segurança. Porque se chega um maluco armado e pede meu celular, e mesmo que eu entregue o aparelho, eu tome um tiro, acontece tudo muito rápido. Fração de minuto, segundos, ninguém viu, ninguém sabe... praticamente não aconteceu. É só mais um corpo estendido no chão, mais um número na estatística.

Sou bem entusiasta de eventos culturais como a virada, porém acredito que ela deva ser repensada. Tem muita gente em SP que não está preparada para um evento desses. O pessoal que não gosta de nada e vai pra encher a cara, vomitar na rua, desmaiar, já é chato pra caramba. Agora os ladrões dispostos a qualquer coisa para roubar as pessoas botam muito medo.

Nessas horas vemos como falta educação, falta cultura, falta carinho e amor pra muita gente que enxerga um puta evento desse apenas como a chance de fazer um dinheiro fácil.

Acho que se a virada não ficasse tão concentrada no Centro seria bem melhor. Se os shows ficassem mais focados nos SESCS e Céus (pelo menos durante a madrugada - horário onde é registrado o maior número de incidentes na virada), o número de assaltos, arrastões e confusão seria bem menor e haveria segurança e tranquilidade para curtir um show sem ter que ficar checando de 5 em 5 min se está tudo dentro da bolsa (ainda!).


Tá na hora de repensar e reavaliar! #repensasp


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