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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

2013 / 2014

Buenas pessoal!

Passando por aqui apenas para desejar a todos uma ótima virada de ano, cercado de amigos, amores e muita alegria. Amanhã viajo e só volto por aqui depois do Reveillon.

Meu ano começou ruim e depois melhorou bastante. O saldo final é bem positivo. Estou bem otimista em relação a 2014, vai ser muito bom!!

E o blog completa 3 anos :)


domingo, 22 de dezembro de 2013

bolo fofo

você é o meu bolo fofo
o meu branquelo que late alto
quando pode e quando não pode
o que é quase sempre
meu amigo que me irrita e me tira do sério
e me acompanha nas viagens e nos roles de carro
e no pensamento, nas fotos que tenho no celular
e nas lembranças que são muitas
e engraçadas
você e o meu fedidinho que cheira a fandangos laranja
quando o banho já está vencido
meu orelhudo e zoiudo preferido
você é a risada certa e a companhia garantida
você é minha certeza de que tudo está bem
mesmo quando tudo vai mal
você é aquele amigo que sempre topa sair
sem nem saber para onde vamos
e você é meu amorzinho
mesmo quando esfrega a cara na bosta
e o meu dia favorito
é um final de semana no parque com você.

Fernanda S. Nunes



terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Obrigada!

Com a chegada do final do ano, gostaria de aproveitar essa oportunidade para agradecer a todas as pessoas que acessam o blog e leem as coisas que escrevo. Comecei esse blog de maneira bem despretensiosa e hoje mal posso acreditar que ele tem cerca de 700 acessos por mês. Pode não parecer muito, mas considerando que só uso o facebook para divulgar os textos, é um baita número.

Obrigada a todo mundo. Escrever é muito importante pra mim. Uma válvula de escape e uma maneira de eu me manter sã. Escrever hoje é uma necessidade. E o número de acessos me inspira a continuar escrevendo, mais e melhor, sempre.

Espero ter mais tempo e mais inspiração no próximo ano.

PS: Gostaria de agradecer aos cerca de 10 acessos da Rússia que tenho todos os meses. Não sei quem vocês são e nem porque acessam o blog, mas aqui vai meu muito obrigada! спасибо!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Medos

Medo de andar
Medo de cair
Medo de dormir sozinho
Medo de falar alguma besteira
Medo de passar vergonha
Medo de se perder da mãe
Medo de se perder
Medo de nunca se encontrar
Medo da vida
Medo da morte
Medo de viver e não ter sorte
Medo de experimentar
Medo da solidão
Medo de ser estranho
Medo de ser feliz
Medo do ladrão
Medo de bicho
Medo da solidão
Medo de arriscar
Medo de ficar
Medo de ter medo
E nunca ser 
Quem se quer

Fernanda S. Nunes
13.12.2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Uva Verde

Chegou em casa cansado.
Depois de mais um dia cansativo de trabalho no escritório, entre reuniões, emails, telefonemas planilhas e emails.
Queria contar uma história engraçada que havia escutado.
Mas ao invés disso escutou a história que ela queria lhe contar.
Ela estava em pé na pia, lavando umas uvas verdes e enquanto contava a história foi dando algumas uvas pra ele comer.
Gesto automático. Aceitou.
Uma e mais outra e outra mais.
Ouviu toda as histórias que ela queria lhe contar
Ele ouvia com atenção, acenava com a cabeça em sinal de concordância e sorria sempre que necessário.
Durante todo esse tempo apenas uma coisa não lhe saia da cabeça, ele não estava com a menor vontade de comer uvas.



Fernanda S. Nunes
09/12/2013

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Anti-Carnaval

Sobre afeto, catarse e letras que descrevem toda uma geração: Minha história com o grupo Los Hermanos

(...) Eu fui tão amparada pelos Hermanos que quis fazer um filme, como se ingenuamente quisesse congelar todos os ideais românticos que fui abandonando pela estrada.

Talvez o apego aos grupos da nossa juventude represente um sentimento abstrato que o passar dos anos vai roubando de cada um de nós: a possibilidade de ser tudo e fazer tudo, a vida inteira pela frente, o mistério do porvir.

Ou talvez seja só o consolo de que estamos envelhecendo juntos e, por mais distintos que sejam nossos caminhos - o meu e o de cada um deles -, a lembrança daqueles pilotis e daquele ar que se respira aos 20 anos nos mantém algo cúmplices, como quem diz: eu sei quem você era, e isso basta, mesmo que hoje nada mais tenhamos em comum.

Eu sei quem você era e isso é suficiente.

Coluna da Maria Ribeiro na revista TPM de Novembro/13.