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segunda-feira, 24 de junho de 2013

BCN



o gosto forte do fuet
e o gosto amargo da cerveja
a mesa na calçada
o sol
o som do idioma mais bonito
e a sensação de que eu era dona de um mundo
colorido, vibrante, interessante
um mundo novo e todo meu
te quiero, Barcelona


Barcelona es poderosa!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

V de Vinagre e de Vitória!


Quarta-feira passada, Alckmin e Haddad anunciaram que a partir de segunda-feira 24/06 o transporte volta a custar R$ 3,00. Assim como as enormes manifestações não eram apenas pedindo redução de 20 centavos, a vitória conquistada não é apenas referente a redução da tarifa. Vitória do povo. Vitória do MPL e de todas as pessoas que participaram e engrossaram o coro que pedia: VEM PRA RUA RUA, VEM - CONTRA O AUMENTO. Vimos que temos sim, uma força que não imaginávamos.

Tenho 27 anos e nunca imaginei viver um momento assim no Brasil. Como a maioria dos jovens da minha idade nunca me interessei muito por política. Sempre ficava com aquela sensação de que o Brasil poderia ser bem melhor. Principalmente quando voltava de viagens do exterior. Porra, era um porre voltar pro Brasil, não poder andar a noite na rua, não ter transporte 24 horas, não poder confiar na polícia etc etc etc. Nunca estive satisfeita com a minha vida no Brasil. Com as condições que a gente tem. Na Europa, uma pessoa com um salário equivalente ao meu consegue sair de casa, consegue estudar, ter carro e ainda viajar de vez em quando. Eu até consigo fazer essas coisas, mas pelo simples motivo de eu ainda morar com os meus pais. Foda!

Acho muito legal e muito bonito todo mundo tendo opinião e saindo as ruas e participando. No entanto, acho que falta conhecimento. Falta estudar, falta pesquisar, enfim, baixar um pouco a bola antes de querer ser o revolucionário do ano no facebook. Ir a manifestação pra tirar foto e postar não é lá algo tão digno de reconhecimento. Ninguém passa de um completo alienado para um cientista político em uma semana. Esses discursos vazios e repetitivos não convencem ninguém. Não podemos ser levianos agora de sair por ai repetindo besteiras que não sabemos sequer o significado.

Por outro lado tenho lido também os "verdadeiros donos" do movimento reclamando das pessoas sem partido político ou de outros partidos participando das manifestações. Das pessoas dos panos brancos nas janelas e do nariz de palhaço. Li várias reclamações de gente achando ruim que as manifestações populares estejam tão populares (!!!) sei lá, eu sou muito a favor do diálogo e a favor de aprender. Acho que antes de fazer bico e achar ruim que tem um monte de gente "alienada" nas manifestações, essas pessoas podiam achar legal que hoje há um interesse maior em política, já que quanto mais gente nas ruas melhor já que o país, os problemas e a luta são NOSSOS, como um todo e não de um único partido.

Precisamos também de foco. Não adianta sair as ruas com mil causas distintas que não vamos conseguir ir adiante com nenhuma delas.  O primeiro foco foi a redução do valor de transporte, ok, conseguimos. Agora todos juntos, qual vai ser a nossa próxima reivindicação?

terça-feira, 18 de junho de 2013

#vemprarua

Depois de acompanhar as manifestações pela TV e internet, resolvi colocar a cara na rua. Ontem fui até o Largo da Batata, onde a concentração estava marcada e andei até a Juscelino Kubitschek. Não vi nenhum ato de violência, nem de vandalismo, nem polícia, nem confronto, nem bandeiras de partido, nem nada. Só vi milhares de pessoas de todas as idades, com cartazes, gritando palavras de ordem, enfim manifestando de maneira pacífica e organizada.

Várias pessoas dos prédios da Faria Lima penduraram bandeiras brancas e jogaram papel picado, em demonstração de apoio a causa. Uma motorista na Rebouças, de uns 60 anos, parou o carro e ficou buzinando e fazendo o sinal de positivo, demonstrando apoio. Tudo muito bonito de se ver.

Ônibus na Faria Lima
Foi uma experiência bem emocionante, orgulho de estar nas ruas fazendo alguma coisa pelo país. Abrindo os horizontes e vendo que existe esperança, que não temos que aceitar mais as coisas, que somos muitos e que temos força.

Senhorinha de 82 anos na Manifestação! #vemprarua
Continuo vendo muitos vídeos legais, fotos, muita gente que nunca ligou pra política está se interessando e sendo a favor das manifestações. Só por isso acredito que toda a movimentação é válida. O apoio é sempre bem-vindo, seja pelo twitter, facebook, tumblr, fotos, vídeos, compartilhando e divulgando as informações, porém a melhor forma de apoio é saindo as ruas. Levante do seu sofá, saia do facebook e faça parte desse momento importante para a cidade de São Paulo e para o país. #vemprarua

domingo, 16 de junho de 2013

Existe TERROR em SP!

Todo mundo está sabendo e muita gente está acompanhando os protestos que estão acontecendo quase todos os dias em São Paulo. Eu, como muitas outras pessoas fiquei puta com o quebra-quebra pela cidade. Estações de metrô, orelhões, bancas de jornal (porra, o que o dono da banca tem a ver com tudo isso?) e não achei um aumento de vinte centavos abusivo, já que o reajuste foi menor que a inflação do período e blá blá blá.

O aumento de 20 centavos não é o problema maior.

Foi a gota d'água.



Depois de muito tempo as pessoas resolveram se juntar e ir as ruas protestar, pelos altíssimos impostos que pagamos e não temos retorno algum. Pela falta de segurança, de educação decente, falta de hospitais estruturados, transporte público de qualidade, corrupção, estádios superfaturados (e pior, alguns que não serão mais usados), enfim, a lista é enorme e os problemas muito sérios.

Por mais que a mídia queira focar apenas no vandalismo, nos últimos dias pudemos ver a ação da polícia militar, violenta e despreparada atirando spray de pimenta, bombas de efeito moral e balas de borracha diretamente nas pessoas - manifestantes ou não, como a repórter da Folha que foi atingida no olho e o fotógrafo que corre risco de não recuperar a visão, ou como a senhora de mais de 80 anos que foi atingida no rosto quando saia da Igreja. E aí me aparece o Geraldo Alckmin dizendo que apoiou a atuação da polícia e que os "possíveis abusos" serão investigados. É de chorar.


 E aí todos estão comentando e o facebook principalmente é um território livre onde qualquer pessoa fala o que quer, da maneira que quer. Li muitos comentários, alguns bens superficiais e conservadores, de gente reclamando do trânsito etc e tal. Quantas vez não levamos muitas horas pra chegar em casa sem que houvesse manifestação alguma? No trânsito insuportável causado apenas pelo excesso de carros e falta de vias? O que precisa ser entendido é que a causa é muito maior que o aumento de uma hora no seu trajeto de volta pra casa.

O que tem de gente que escreve: Ai o cara tá lá e nem pega ônibus, com a sua polo da Lacoste e o seu iPhone na mão! Fico pensando: Primeiro, porque uma pessoa com dinheiro não teria o direito de protestar? Se o ônibus subir pra R$ 100,00 e eu puder pagar, tenho que achar esse preço justo?!?!? Segundo, as pessoas que usam os serviços públicos, os trabalhadores que ganham um salário mínimo e levam 3 horas pra ir do trabalho pra casa não tem tempo e nem esclarecimento para entender esse jogo sujo da política. E alguém tem que fazer esse papel. Se a pessoa é rica ou pobre, isso não desmerece a manifestação e nem as causas.

Apoiar a atuação da Polícia Militar então não merece nem comentários. Tem que ser muito alienado e muito imbecil. Mesmo.

Se a cada manifestação o número de pessoas aumentar, vai chegar uma hora em que todos vão estar nas ruas e a polícia não vai ter mais o que fazer. É um jeito de pressionar, de colocar prefeito e governador pra pensar e negociar com a população. Chega de aceitar tudo calado! Chega de sermos tão acomodados! Chega de ser feito de idiota o tempo todo, pagando imposto, pagando plano de saúde, pagando faculdade, curso de inglês, parcela de carro, seguro de carro, simplesmente porque os serviços básicos não funcionam.


Já ficamos sentados esperando durante muito tempo. Vamos as ruas! Segunda-feira eu estarei lá, no Largo da Batata junto aos manifestantes, lutando para quem sabe um dia nós possamos viver em um país mais justo e com mais oportunidades para todos.



Alguns textos e depoimentos:

terça-feira, 11 de junho de 2013

Campos do Jordão

Buenas pessoal!

Hoje vou dar algumas dicas para quem quer passear em Campos do Jordão.

Vou para Campos desde 1 ano de idade. Meus pais são sócios da colônia dos funcionários públicos e assim começou a tradição de irmos para a cidade todos os anos, em dezembro, até os meus 18 anos.
Depois comecei a ir com os meus amigos e continuei indo pelo menos uma vez por ano.

A cidade é um charme, apesar da playboyzada e da pagação, é uma viagem que vale muito a pena.

O charme já começa na entrada da cidade

Localizada há cerca de 180 km de São Paulo, é possível chegar a cidade pela Dutra e pela Ayrton Senna.
Conhecida como a Suíça Brasileira, por sua arquitetura européia e pelo clima frio, a cidade é puro charme.
Agora já estamos na temporada de inverno e os preços que já são salgados, ficam mais salgados ainda.

As cidades que podem ser vistas do Pico do Itapeva
Um feriado ou até menos um final de semana são suficientes para conhecer a maior parte dos pontos turísticos. Eu sempre vou ao Pico do Itapeva, quando o tempo está limpo é possível ver várias cidades e tirar fotos lindas. Além disso, as malhas vendidas lá são bem mais baratas que no Capivari (centro comercial). Em junho/julho em algumas lanchonetes eles vendem o pinhão já cozido. Uma delícia!

Na volta do Pico do Itapeva, voltando para Capivari, tem a Ducha de Prata, que é um conjunto de quedas d'água com plataformas de madeira e cachoeiras. É um dos pontos turísticos mais antigos da cidade. No local o turista pode saborear deliciosos doces caseiros, além de artesanatos e malhas.



Para quem quer apreciar uma bela vista e não tem medo de altura, no Morro do Elefante tem o teleférico. Localizado bem perto do Capivari, de onde saem os passeios de trenzinho e de cavalo. Lá também tem diversas lojas que vendem malhas e roupas em geral.

Teleférico - Morro do Elefante

E possível visitar a fábrica da Baden Baden. A cervejaria artesanal mais tradicional da cidade. Na visita, explica-se todo o processo da produção da cerveja e ainda se tem direito a dois chopps. É preciso ligar antes e agendar (R$ 15,00).

Os passeios que costumo fazer geralmente são esses. Para aqueles mais dispostos há ainda o Horto Florestal, Bosque do Silêncio, Pedra do Baú entre outros. 
Para mais informações: http://camposdojordao.com.br/turismo/


Para Comer & Beber

O Baden Baden é o restaurante mais conhecido e disputado da cidade. Com vários tipos de cervejas e pratos típicos alemão, na alta temporada é praticamente impossível conseguir uma mesa. Outras opções boas são o Mercearia (em frente ao Baden) e o Safári (ao lado). 

Sentar numa mesinha na calçada tomando um chopp com os amigos e observando o movimento é um dos melhores programas para se fazer em Campos.

Restaurante em Capivari

A última dica é: leve roupas de frio. Ou compre na cidade, mas vá preparado. Fui nesse último final de semana e pegamos uma média de 6 graus nas duas noites que ficamos na cidade. Até quem não costuma sente frio, em Campos coloca uma jaqueta.

De resto só alegria. Aproveite bem a cidade! Bons passeios, boas compras, boas lembranças!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Liberdade

Depois de um dois anos sem passear por ali, no último sábado dei umas bandas pelas ruas ali perto da  praça da Liberdade.


Pra quem não sabe o bairro da Liberdade no centro de São Paulo é um reduto da colônia japonesa (e chinesa). Além dos restaurantes japoneses (dããã!) e dos famosos karaokês, tem a feirinha aos finais de semana com comidas típicas, artesanato e bugigangas em geral. E lojas, muitas lojas! De eletrônicos, de comida, de balas importadas (que são uma delícia), enfeites, roupas, bolsas e muito mais coisas que se possa imaginar.

No sábado, fui até lá procurando uma japonesinha que eu tinha no meu antigo carro e que trás proteção. Enquanto procurava a japinha, acabei comprando uma capinha e um bumper pro meu celular, além de um suporte para o carro quando uso o celular como GPS. Comprei também numa outra loja um pacote de bala de leite condensado muito boa e uma de frutas (ambas japonesas).

Japonesinha devidamente comprada
Balas de todos os tipos, gostos e preços
A maior festa do bairro é quando se comemora o ano novo chinês, com danças tipicas e o famoso dragão chinês. O bairro é bem gostoso e divertido. Você vê todo tipo de gente e consegue comprar tranqueiras (como capas de celular, roupas, carregador, gps, etc etc) por preços bons sem ter que ir a regiões mais perigosas como a Santa Ifigênia por exemplo, mas a Liberdade fica no centro e como qualquer lugar do centro é preciso tomar cuidado. Com a bolsa, os bolsos, celular, enfim, qualquer objeto de valor que possa chamar atenção dos trombadões. 

Datas importantes no bairro:

Junho
Campeonato de sumô da Liberdade. Grande campeonato com atletas de todo o país. Realiza-se aqui a seleção dos atletas juvenis que representarão o Brasil no compeonato mundial de sumô. A arena (dohyo) e as arquibancadas são montadas em plena Praça da Liberdade.

Julho
Tanabata Matsuri. É o Festival das Estrelas, realizado em conjunto com a Associação Mivagui Keniinkai. As principais ruas do bairro são enfeitadas com bambu e grandes enfeites de papel simbolizando as estrelas. Os visitantes colocam um pedaço de papel com pedidos.

Dezembro
Toyo Matsuri. É o Festival Oriental. Apresentação de várias manifestações culturais do oriente. O bairro recebe o Nobori, coloridas bandeiras verticais.
Moti Tsuki, o Festival de Final de Ano. O arroz é socado em pilão para a confecção do moti (bolinho de arroz) que é distribuído aos presentes para dar sorte. Sempre no dia 31 de dezembro.
É um bairro diferente e bem colorido. Passeio obrigatório para quem visita São Paulo.

Eu pessoalmente, gosto de comprar as guloseimas na loja que fica na rua da Bakery, a famosa padaria, naquele mesmo quarteirão, uns dois imóveis depois, ali sempre encontro de tudo. Pra quem gosta de comida japonesa então é o lugar perfeito.

Como chegar: Linha Azul do metrô - Estação Liberdade: A saída do metrô já fica no meio da praça, em frente ao Bradesco japonês.

Bom passeio, boas compras!


Colaborou com esse post: Silvio Ito