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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Anti-Carnaval

Sobre afeto, catarse e letras que descrevem toda uma geração: Minha história com o grupo Los Hermanos

(...) Eu fui tão amparada pelos Hermanos que quis fazer um filme, como se ingenuamente quisesse congelar todos os ideais românticos que fui abandonando pela estrada.

Talvez o apego aos grupos da nossa juventude represente um sentimento abstrato que o passar dos anos vai roubando de cada um de nós: a possibilidade de ser tudo e fazer tudo, a vida inteira pela frente, o mistério do porvir.

Ou talvez seja só o consolo de que estamos envelhecendo juntos e, por mais distintos que sejam nossos caminhos - o meu e o de cada um deles -, a lembrança daqueles pilotis e daquele ar que se respira aos 20 anos nos mantém algo cúmplices, como quem diz: eu sei quem você era, e isso basta, mesmo que hoje nada mais tenhamos em comum.

Eu sei quem você era e isso é suficiente.

Coluna da Maria Ribeiro na revista TPM de Novembro/13.

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