Fiquei encantada. A potência da voz de Elza ainda impressiona. No show ela cantou seu disco Bossa Negra na íntegra, com uma levada mais jazz. A banda é ótima e Elza é muito carismática e talentosa. Contou "causos" e duelou com o baixo e o sax.
Devido a uma cirurgia na coluna, não pode fazer o show em pé, se levantou apenas no final, com ajuda de duas pessoas para agradecer. O público, esse sim a aplaudiu de pé durante vários minutos. Baita show! ;)
Matéria que saiu no Estadão: http://guia.uol.com.br/sao-paulo/shows/noticias/2014/05/18/com-problema-na-coluna-elza-soares-vai-do-samba-ao-jazz.htm
Depois do show da Elza eu já estava no clima de shows e fui lá pro palco da Julio Prestes ver o show do Luiz Melodia. O show foi muito bom também, começou com uns 15 minutos de atraso e teve uma pausa um pouco antes do fim. Melodia disse que precisava fazer uma coisa que só ele poderia fazer (!?!) e desapareceu por alguns minutos, mas logo retornou.
No show ele cantou seus maiores sucessos. Em Negro Gato veio a frente do palco sem camisa. Dedicou Magrelinha aos viciados em crack de São Paulo e cantou Diz que fui por aí em homenagem a Jair Rodrigues. Terminou o show alguns minutos antes de cair o maior pé d´água.
Chegando em casa ficando sabendo que meu primo e a namorada tinham sido assaltados no Centro voltando de um dos shows da virada. Já faz alguns anos que eu penso que a Virada Cultural tem que ser repensada. Não pode ser vista como uma oportunidade de assalto para os bandidinhos de plantão. Se a cidade não tem como garantir segurança para as pessoas durante o evento, não deveria fazê-lo.
A madrugada é o horário mais perigoso, então que não role shows de madrugada. Que o evento seja feito apenas em Sescs e Céus, lugares fechados ou que haja mais polícia na rua. O foda é que tudo vira bagunça. Você vê um monte de gente que tá ali só pra causar e pra encher o saco. O pessoal vai pra beber até desmaiar e arrumar confusão na rua. Estão cagando pros shows.
Enfim, alguma coisa precisa ser feita e precisa ser feita logo.
Já escrevi algumas coisas sobre a violência e o medo de morar em SP, mas quando alguma coisa do tipo acontece com alguém próximo, a coisa preocupa mais ainda. É triste saber que alguém que você conhece desde que nasceu ainda tá no hospital se recuperando e que virou estatística da violência urbana.
A virada completou 10 anos nessa edição e ainda tem muito o que melhorar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário